Desfile Farroupilha, 28/09

Herança Farrapa, orgulho de um povo

No dia 28 de setembro, Santiago vestiu-se de história. O desfile dos cavalarianos, adiado pelas águas do dia 20, não perdeu em nada sua força, ao contrário, voltou mais firme, como quem sabe que a tradição não se rende ao tempo nem ao clima.

Peões, prendas e crianças ocuparam as ruas com suas melhores pilchas, como se o passado tivesse encarnado no presente. Cavalos lustrosos, crinas trançadas com esmero, aperos que reluziam sob o sol, cada detalhe foi um testemunho vivo da fibra de um povo que não esquece de onde veio.

O desfile não foi apenas uma marcha, foi reza de couro e poeira, poema escrito em cascos, canto de amor ao pago. Cada olhar das crianças, cada lenço no pescoço, cada passo firme no compasso da tradição é a lembrança de que somos herdeiros dos FARRAPOS, lanceiros e guardiões de uma chama que não se apaga.

E nesse momento, a fotografia tem o peso da eternidade. Guardar em imagem, esse cortejo, é mais que memória, é preservar a alma do Rio Grande para que filhos e netos saibam, um dia, quem fomos e quem seguimos sendo. A lente congela o instante, mas abre caminho para que a história siga adiante.

Por isso, cada retrato deste desfile é um patrimônio de quem vive e honra a tradição.

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